quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Vadiagem





Sábado é assim...

Dia de vadiar, dia de vagabundagem cheio de lembranças, cheiros e sabores da noite de passada.

Despertador não toca. É dia de pacto com a moleza e a indolência... Herança de nossos antepassados indígenas.
Merecida preguiça, depois de uma semana ocupações, fadigas e aflições. É dia de levantar da cama só se a fome chamar. Mas não há pressa em sair do ninho.

Dia de abraçar, ser abraçada, de chameguinho com nosso amor, de esparramar-se e invadir, de propósito, o espaço dele, de espreguiçar-se até ouvir o "clec" da coluna.
Sábado é dia de lembrar das diabruras e malícias de ontem com ele, dar risadas do que foi e do que não foi e inspirar-se para próximo "pecado".

Quem é casado sabe muito bem do que estou falando, porque durante a semana é um "cuidar" sem fim de casa, trabalho, filhos, de tudo.
Ficamos sem tempo e, até mesmo, sem disposição e inclinação para a "transgressão", o pecado. Aí, vem o sábado com aquela carinha de safado e meio imoral, lembrar-nos que ainda estamos vivos, gostamos e queremos ser sem-vergonhas, descarados e atrevidos.

Sábado é dia de inventar e tramar. Dia de devaneios, fantasias e delírios. Que mal há nisso?
Estou planejando mais uma noite de libertinagem com meu homem. Nada com o alheio.
Só o maquinar, planejar como, quando, o que vestir, como abordar, o criar de um ambiente que proponha a devassidão, já é por si só excitante.
Então, sábado é dia de insinuações e sugestões sutís. Meu amor sabe disso, aprecia e faz-se presente.

Para a paixão, vontade, desejos e anseios não cabe a idade ou a duração da relação.
O meu romance tem 25 anos e estamos cada vez mais inseridos um no outro, respeitando nossas individualidades, limites e diferenças de densidade psicológicas; porém, estamos eternamente nos amando, nos
completando, nos desejando e, sempre, praticando a luxúria.

Sem culpas, medos ou arrependimentos.

Com carinho, intensidade, verdade e muito amor

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